Garantir o direito à amamentação nas escolas ou em qualquer
lugar é o lema da portaria assinada quarta-feira, 10, pelo ministro da
Educação, Mendonça Filho. A partir de agora, com o dispositivo legal, todas as
mães lactantes têm o direito à amamentação assegurado em todas as instituições
do sistema federal de ensino, independentemente da existência de locais,
equipamentos ou instalações reservados exclusivamente para esse fim.
O objetivo, explica o ministro, é
estimular a cultura da convivência e do respeito ao próximo, reforçando o papel
da educação em direitos humanos, para o exercício pleno da cidadania. “Como
ministro da Educação, tenho a obrigação e o dever de agir nessa direção, para
que dentro dos espaços públicos vinculados ao MEC haja apoio às mulheres, a fim
de que tenham livre escolha para alimentar os seus filhos”, declarou Mendonça
Filho. ”O aleitamento materno, todos sabemos, é fundamental do ponto de vista
nutricional, mas também para a formação de um ser humano, que, no contato
direto com a mãe, naturalmente vai ter melhor desenvolvimento”.
Segundo a secretária de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Ivana de Siqueira,
a portaria atende a uma demanda antiga por parte de alunos, professores e
outros profissionais de educação, incluindo escolas de ensino básico,
universidades e autarquias federais vinculadas ao MEC. “É o reconhecimento de
algo já assegurado tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente quanto em
orientações da Organização Mundial de Saúde”, informou. “Estamos sinalizando
para esse direito da mulher de amamentar livremente. O uso de uma sala deve ser
uma decisão unicamente dela [a mãe], voluntária, e não uma questão
compulsória”.
Recorde brasileiro
Para
Francisco de Assis Figueiredo, secretário do Ministério da Saúde presente à
solenidade, a iniciativa do MEC reforça uma série de ações nesse sentido.
“Temos hoje o maior banco de leite do mundo, em que pelo menos 60% das crianças
recém-nascidas em UTIs neonatais podem contar com o produto”, destacou. “No ano
passado nossos bancos de leite atenderam 2,3 milhões de mulheres, um número
muito representativo”.
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